quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Tcherere-tchê-tchê

Olha, tem coisa que eu não entendo. As "coisas" classificam-se em: comuns, legais, inesperadas, extraordinárias, fantásticas, espantosas, dignas, válidas, bonitinhas-mas-ordinárias, outras apenas ordinárias... mas tem aquelas que são inexplicáveis:
1) Michel Teló.
2) Gustavo Lima... e você - tchere-re-tche-tche
Eu poderia voltar à Claudia Leite, vencedora do troféu Sem Sal -  2011 até a eternidade - , mas mestre Skylab mandou bem e eu jamais falaria melhor: "eu queria estar lá (rock in rio) pra cortar aquela corda (corda em que a Claudia leite estava suspensa)".  Skylab cada vez mais meu mestre.
Mas voltando ao primeiro item - Michel Teló. Por favor, ninguém se chama Michel Teló. Nenhum corretor gramatical aceita "Teló" que porra é "Teló"? É uma mistura de telha com Jiló? Não combina. Não remete a nada, é algo tão sem sentido que não possui razão de existir - assim como a música. E depois, se fosse José Teló, até que rolava uma interação, mas "Michel" e "Teló" são coisas quase contradizentes - pois se chegassem a ser contradizentes já era um início. Também não é o caso de serem contrastantes e resultar em algo esteticamente aceitável; tampouco se completam, como queijo e goiabada, arroz e feijão: não existe aceitação pra Michel Teló. Um nome como poucos que diz tudo sobre a música que ele canta. Tá, "música", nesse caso,  foi uma bondade imensa da minha parte, mas eu também tenho meus momentos de Madre Teresa. Fato. Mas enfim, ninguém na mesma vida poderá se chamar Michel Teló e manter a dignidade. Ok, Michel, perdoado nesta vida.
Gustavo Lima é só mais um, não merece perdão. Nem explicação. Não há nada relevante que justifique o esforço. Definitivamente.
Meu pequeno ódio começou quando hoje, a TV ligada e passou TRÊS vezes a propaganda dos novos sucessos: "delícia assim você me mata, ai se eu te pego" (TELÓ, Michel, 2011). seguido de "gustavo lima e você" (LIMA, Gustavo, 2011). Depois de eu ter pensado que "sou foda" era o ápice da falta de noção e livre expressão do ridículo, eis que surgem estes novos ícones. Chupa Luan Santana: tu já era!!!
Claudia Leite: eu não esqueci de ti!
Beju da Gorda em você
tcherere-tchê-tchê-tchê-tchê

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A diversidade

Hoje a diversidade toma conta do mundo: diferentes ritmos, diferentes crenças, cores, valores, sabores... antes que eu comece a rimar, acho tudo muito lindo - principalmente no que se refere aos sabores. Também hoje não basta ser moderno, tem que ser pós-moderno, pós-dramático e até pós-humano!! Enfim, eu, como uma boa gorda, tenho uma opinião super bem formada: tem o bom e o ruim, o chato e o não chato, o bom e o mau. Sim, existem classificações, debates e discussões, o problema todo é que o mundo está ficando chato (já escrevi isso), que Freud não entenderia nada se vivesse hoje (não que eu ache que um dia ele entendeu) e era tãããão mais fácil ir ao mercado e escolher entre chocolate, morango e baunilha do que chocolate, chocolate com avelãs, com passas, castanha de caju, caramelo, baunilha, floresta negra, laranja, maracujá, chocolate com menta, LIMÃO!!!!, pimenta, chocolate com cookies -, a coisa mais sem sentido até hoje inventada - morango com chocolate, frutas vermelhas, amora, framboesa, ai, é demais! Pior que isso, só quindim de chocolate. Os gordos pedem socorro!

domingo, 30 de outubro de 2011

Poeminha roubado

Poema perfeito escrito pelo Pomar em www.teatrorelampago.blogspot.com. Roubei e aqui vai:

"Tem gente que sofre de solidão, eu sei.
Quero dizer, mais imagino do que sei.
Porque quando passei
A ser sozinho (e quem não é?),
Logo descobri:
Eu sofro mesmo é de gentidão."

Lembrou-me Ionesco e "as pessoas que falam para nada dizer". O bombeiro. Lembrou-me Beckett e os seres "lá fora". Lembrei da solidão acompanhada - quando estamos sós na multidão infinita -, e quando estamos em companhia que nos completa e, se faz assim, um só. Solidão agradável. Sofrer de solidão assim até que é bom.

Beju da Gorda

sábado, 27 de agosto de 2011

Churrasco: um bom pretexto II


O churrasco une os amigos e faz novos e desconhecidos inimigos, como constatado no post anterior. Mas o que mais intriga os mais tolerantes (os menos tratam logo de se preocupar em como causar um curto-circuito e acabar com poluição sonora) é a diversidade do mau gosto. Alguns chegam a ficar saudosos do Raça Negra, o maior culpado por tudo, o precursor, o responsável pela propagação das composições mais sem explicação - até então -  para os ouvidos brasileiros criteriosos. Naquela época, o mau gosto era apenas mau gosto. Hoje acusar “sou foda” (pesquisar no youtube) de mau gosto é ser a Madre Teresa da crítica musical.
Para os que pararam de reconhecer o gênero musical dos grunhidos reproduzido pelos aparelhos de som vizinhos, muitas vezes acompanhados de grunhidos mais intolerantes vindo de cordas vocais ao vivo, aqui vai uma lista com dicas de como reconhecer o que lhe causa desgosto.

  1. Funk: som demasiado irritante. Ritmo irritante. Letra, igualmente irritante, com refrão composto por no máximo 4 palavras. Isso se o compositor for bom. Hit do momento: “é o pente, é o pente, é o pente, é o pente...” autor desconhecido.
  2. Sertanejo: (embora conhecida, é necessária a explicação para que possamos entender melhor o sertanejo universitário) sertanejo era, em tempos distantes, uma música regional, muitas vezes com belas e tristes letras e melodias. Nas últimas duas décadas tem sido associado a declamações em tom de canto por cantores com uma voz extremamente irritante que simula a situação de estar cantando no banheiro – enquanto sofrem uma evacuação difícil, como Leandro (que Deus o tenha) e Leonardo, Xitãozinho e Xororó.
  3. Sertanejo universitário: ainda uma incógnita. Indefinível. Permanece a decadência do termo 'sertanejo' porém a 'música' é mais dançante, pulante e degradante. Não, o degradante não foi pra rimar, foi pra constatar. Creio que o termo “universitário” exista por tornar a coisa mais irritante ainda, como se eles tivessem frequentado a universidade do mau gosto. Representantes de sucesso na atualidade: Luã Santana, Vitor e Léo.
  4. Axé: Daniela Mercury que, poderia muito bem ter se recolhido à sua insignificância, resolveu revelar o seu mau gosto para o mundo através do hit “alegria agora!” e desgraçar a vida no resto do Brasil, como se já não houvessem políticos o suficiente para fazê-lo. Um som que permite aos fãs manifestarem sua adoração através de pulos, gritos e dancinhas pula-rebola-pula, popularizadas pelas “Loira e Morena do tchan”. Hoje temos a infelicidade de, além desse mau gosto permanecer como praga, termos como representante mor a insossa Claudia Leite.
  5. Calypso: trata-se de um fenômeno isolado e exclusivamente paraense (ufa!), formado por Joelma e Chimbinha, conhecido por todo o Brasil. Não há denominação ou explicação plausível para o ritmo, a dança e aquilo que chamam “voz” na "cantora” Joelma. Rezo pela extinção do grupo e pelo fim da música paraense. Amém!
Tentando compreender os fenômenos culturais brasileiros... desisto.


Beju da gorda

Churrasco: um bom pretexto


...principalmente pra matar alguém. Hoje a tecnologia permite que conheçamos pessoas que não conhecemos e isso pode, com a permissão humana, ser agradável. Hoje, a capacidade de volume de reprodução de som permite que se desenvolva um ódio incomensurável pelo morador do apartamento do lado, de baixo, de cima, e o mau gosto sempre proporciona. Se o volume vier de um mini-system desgraçado conhecido pelas marcas pincher, chiuaua ou poodle toy (homenagem à Malu) a antiga tecnologia da estricnina é infalível. Infelizmente o mesmo não acontece com os aparelhos de som. Infelizmente o gosto do vizinho não condiz com a qualidade do aparelho de som dele. Jamais. Isso é uma lei, de Murphy também, mas é uma lei básica dos condomínios. Nem os condomínios de luxo se salvam de músicas sem o mínimo de classe. Falo daquelas situações em que Agepê torna-se audível aos ouvidos lúcidos. Veja bem: A – G – P! Parece sigla de organizações mafiosas. A – G – P. Agora entendo de onde vem as siglas como SPC (no caso, do grupo de pagode) e outras na 'música' brasileira. Tudo culpa do A – G – P esse precursor da falta de criatividade.
Sábado, 2:30 da madrugada. Churrasco no salão do prédio. Meu ódio é proporcional ao meu sono. Meu salão de festas não possui aparelho de som, o que deveria ser algo extremamente positivo para todos os outros condôminos que ensaiam no sábado pela manhã, ou trabalham, ou dormem até mais tarde depois da árdua semana, ou que acordam as 6h da manhã pra tomar um chimarrão sem hora pra terminar. Não. A raça humana sempre dá um jeito de tornar a vida desagradável pro outro: na falta do aparelho de som, os festeiros decidem que cantar do lado de fora do salão é uma solução excelente para a questão. E eu decido que vou atirar algo lá embaixo. O mais justo seria meter um 'três oitão" ou coisa parecida - direto nas cordas vocais. Mas o mundo não é justo e a natureza é sábia – não tenho porte de armas.
Mas de segunda-feira não passa: 11h estarei no banco, fazendo um empréstimo consignado para comprar 30 chiuauas e alugar outro apartamento há 300 léguas daqui, para minha fuga. Vamos ver com quantos decibéis se faz uma vingança.
 Beju da Gorda
Malu

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

I N T E R nacionalmente falando...


Um grande VIVA  ao clube brasileiro mais INTERNACIONAL de todos! E a mídia nacional tratando com um certo desdém, um dos poucos clubes que AINDA NÃO FORAM REBAIXADOS NO BRASILEIRÃO, o clube que mais coloca a cara LÁ FORA. "Amistosos"? "Copinhas?" " Torneiozinhos?" Queria ver se fosse o 'Santu' (e a calopsita do Neymar, que merecidamente foi campeão da Libertadores de 2011), se a recopa seria "torneiozinho". Onde estavam 'CUrintia e o time do Ronaldinho Gaúcho (sim, por que agora o pobre Flamengo nem é mais o Flamengo é o "Flamengo de Ronaldinho Gaúcho")  na Copa Audi? Muito óbvio estarem bem no Brasileiro, não disputam mais nada de porcaria nenhuma. E no jornal da noite da emissora, depois de mostrar a BAITA BICICLETA DO DAMIÃO - O Monstro do Lago Guaíba* - houve a ressalva desnecessária da anta do jornalismo: "numa partida em que Ronaldinho Gaúcho jogou muito bem". Não dá pra parar de babar ovo dessas estrelinhas e falar dos destaques da semana? Felizmente, o site globoesporte.com fez uma matéria merecida, com uma crônica interessante de Alexandre Alliatti. Vê-se o INTER com a chamada "Já é rotina" referindo-se aos títulos internacionais. E já é mesmo. Seu nome, INTERNACIONAL, enfim, vingou na última década.
Mas olhando pra baixo, calamitante está a situação do pobre co-irmão do COLORADO, que além de estar só no brasileiro, logo estará na série B do mesmo. B de Bah! TRI-rebaixado não dá, né? Mas até combina, sendo de Porto Alegre... Bah, TRI!!! Vai ver é uma homenagem à cidade querida. Justo. 
Vejamos agora a situação dos clubes gaúchos este ano:
Sport Club Internacional - Campeão Gaúcho de 2011
                                        Campeão da Recopa Sul-americana 2011
                                        7° colocado no campeonato brasileiro 2011.
Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense - 16° colocado no campeonato brasileiro 2011. Nada mais a declarar. 
Vou dormir que tá na minha hora e o papo tá ficando TRI... pra baixo na tabela.
Beju da Gorda!

*os créditos de "Damião - o Monstro do Lago Guaíba" são do gênio dos cometários esportivos, quase-técnico do Inter (por um fio), historiador e logo estrela de um stand-up que promete, Luís Augusto Farinatti.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Em defesa das mulheres bonitas!

Não me aguento. Preciso desabafar. Acabo de ler sobre o noivado desmanchado poucas semanas antes do casamento de uma linda loira voluptuosa de 25 anos com o dono da playboy, de 85 aninhos. Há alguns anos, uma jovem loira peituda se casava com um magnata americano. Então, nesses casos, as críticas vão sempre contra as loiras que ainda cozinham na primeira fervura. Estou aqui para defendê-las. Por acaso um cara que conseguiu acumular bilhões em sua vida, aos 90 anos não teria capacidade de tomar uma (sábia) decisão? A culpa é sempre da loira com suas belas curvas? Todo mundo paga um preço. Ele, compra a loira com metade da sua fortuna, ela compra os milhões, bilhões com sua belíssima aparência. Em troca, ela aguarda pacientemente o marido empacotar. Então, quando chega o grande dia, vem a família do distinto presunto e tenta tirar o dinheiro da loira. Acham que a loira gostosa casou por amor ao velho e não ao seu dinheiro? Sim, essas loiras* podem não ter (muito) cérebro, mas certamente tem coração. E o coração pulsa mais forte quando sente o cheirinho do verde se aproximando... e ainda assim, querem tirar a única coisa que acalma e afaga essas pobres viúvas. Tentaram reduzia a herança da moça em 30 milhões. O que ela fez? Aceitou os 88 milhões? Não! Com toda a sua dignidade foi lá e exigiu o que lhe era de direito: “faltam 30 milhões” declarou a moça. Claro, 88 milhões realmente não dá pra nada... e o desgosto da moça? Tão desgostosa e abandonada se sentiu que deixou esse mundo, aos 39 anos, sem um milhão no bolso. Por que as famílias não respeitam as decisões de seus parentes mortos? Ou o magnata do petróleo, o dono da playboy são pessoas sem um pingo de inteligência e não sabem o que fazem? Se o cara fez a grana dele ele dá pra quem quiser. Se quiser fazer uma fogueira com o dinheiro antes de morrer é um direito do pré-presunto, incontestável. Vão trabalhar vagabundos, ou, no mínimo, terem a competência de achar seus próprios magnatas!
Assim não dá! Salvem as loiras, suas contas bancárias e suas vidas! Ex-coelhinha também é gente e merece uma vida digna. 
Beju da Gorda 


*não uso aqui o termo loira na forma pejorativa, apenas porque nos dois casos, as mulheres em questão tem em suas cabeças uma linda e absurdamente bem tratada cabeleira loira. (Gorda politicamente correta)