sábado, 13 de novembro de 2010

Tiririca: a cara do Brasil!

Hoje me deparei com a seguinte notícia: 'Artista é detida pela polícia durante performance na Feira do Livro' em Porto Alegre. Não é a primeira notícia bizarra do gênero em um curto intervalo de tempo.
Há poucas semanas recebi a notícia de que um grupo de teatro foi detido na esquina democrática, que tem esse nome justamente por ser um ponto de expressão de idéias, também em Porto Alegre. Isso parece coisa do tempo da ditadura. Mas também algumas outras coisas me parecem do tempo da ditadura, como a exclusão do currículo escolar de disciplinas como OSPB e Moral e Cívica. Isso realmente não deve ser importante na formação do cidadão, mesmo porque um dos objetivos era “um estudo da organização do Estado brasileiro, da Constituição, dos poderes da República, do mecanismo jurídico e administrativo em suas linhas gerais, dos processos democráticos, dos direitos políticos...” tudo bem que, se existisse ainda hoje, iria se chamar DSPB (Des-organização Social e Política do Brasil). Porque, ou a minha secreção nasal invadiu o cérebro, ou deter um grupo de teatro num local chamado “Esquina Democrática” é algo completamente controverso, retrógrado e absurdo. Além de estúpido, pois teatro de graça não é sempre! Acontece que embora o ensino brasileiro esteja em números (quantidade de escolas, no caso) apresentando alguns avanços, eu pergunto: ele não está regredindo em conteúdo? Gostaria de saber se essas pessoas que reclamaram das manifestações artísticas, por mais agressivas que elas possam ser, se sentem agredidas e reclamam quando pagam 2,45 por uma passagem de ônibus, quando pagam impostos absurdos, quando a esposa do Sr. Roriz é candidata no DF ou mesmo quando o Tiririca ganha as eleições como deputado federal MAIS VOTADO? Não, claro que não, porque esse mesmo povo que reclamou dessas manifestações artísticas votou no Tiririca e com ele se identifica, pois é a única coisa que a sua EDUCAÇÃO permite entender: as sábias palavras de um homem cujo único feito foi escrever, ops, compôr os belíssimos e reflexivos versos “Florentina Florentina/ Florentina de Jesus/ não sei se tu me amas/ pra que tu me seduz?” A cara do Brasil!
Vou assoar o nariz,
beju da Gorda!

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